O governo e associações médicas fazem campanha janeiro roxo com foco no combate à hanseníase.
Em Mato Grosso, um menino de 11 anos, portador da doença, morreu no primeiro dia do ano, que marcou também o início da campanha.
“Não ocorre óbito por hanseníase. O que pode ocorrer é intolerância medicamentosa. Logo no início do tratamento, [o paciente] é orientado a procurar a unidade de saúde caso sinta algum sintoma diferente”, disse.
A morte do menino portador de hanseníase em Mato Grosso reforça a importância do combate e prevenção à doença.
Este mês, diversas organizações da sociedade civil, ministério e secretarias de Saúde promovem a campanha Janeiro Roxo.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia, Cláudio Salgado, nos últimos 10 anos o número de casos caiu no país, mas a falta de tratamento dos casos existentes aumentou o número pessoas com incapacidade física.
“Sabemos que a nossa rede de atenção básica não está funcionando a contento, deveria funcionar melhor, as referências não estão sendo capacitadas, estão sobrecarregadas. Temos feito diagnósticos tardios. Temos mais pessoas chegando para fazer o tratamento, já que há capacidade física instalada, o que significa que você vai ter mais problemas e vai sobrecarregar ainda mais o sistema.”
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e transmitida de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para uma pessoa saudável suscetível.
Embora tenha cura, a doença pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento não for feito adequadamente.
A orientação é que as pessoas procurem o serviço de saúde assim que perceberem o aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se ela apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Após iniciado o tratamento, o paciente para de transmitir a doença quase imediatamente.
Fonte: https://exame.abril.com.br/brasil/campanha-janeiro-roxo-faz-alerta-sobre-a-hanseniase/